O Paradoxo do Crescimento dos Outros

Sempre fui o tipo de pessoa que impulsiona aqueles ao meu redor. Amigos, familiares, conhecidos… De alguma forma, quem cruza meu caminho parece encontrar clareza, motivação e até mesmo oportunidades que antes não enxergavam. E isso é algo que me traz satisfação genuína. Mas ao mesmo tempo, há um paradoxo silencioso que se desenrola dentro de mim: enquanto vejo os outros crescerem, me pergunto por que ainda estou no mesmo lugar.

Essa sensação é complexa. Não se trata de inveja ou desejo de que os outros não prosperem. Pelo contrário, fico feliz ao ver quem esteve ao meu lado conquistando seus objetivos. Mas, quando me vejo parado, enquanto aqueles que ajudei avançam, a pergunta inevitável surge: “E eu?”

O paradoxo do crescimento dos outros não é apenas sobre observar o sucesso alheio, mas sobre lidar com o vazio de não ter ninguém para fazer o mesmo por mim. É estranho perceber que sou capaz de guiar, aconselhar e motivar os outros, mas quando se trata da minha própria jornada, sinto-me perdido.

Será que essa é minha missão? Será que fui feito apenas para ajudar e não para receber ajuda? Ou será que, no fundo, estou esperando que alguém faça por mim o que eu mesmo deveria fazer?

Refletir sobre isso é desconfortável, mas necessário. Talvez o verdadeiro aprendizado aqui não seja sobre desistir de ajudar os outros, mas sim aprender a aplicar em mim mesmo aquilo que já sei fazer tão bem pelos outros.

Se você já sentiu isso, saiba que não está sozinho. A busca por equilíbrio entre dar e receber é um desafio real, mas também pode ser o caminho para encontrar nossa própria evolução.

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