O Impacto das Crenças Limitantes

Desde pequeno, cresci ouvindo que certas coisas não eram para mim. Não era dito de forma direta, mas as mensagens estavam sempre ali, nas entrelinhas. “Isso é para quem tem dinheiro.” “Você precisa se contentar com o que tem.” “Sonhar alto demais só leva à frustração.” Aos poucos, essas palavras foram se tornando parte de mim, como se fossem verdades absolutas.

Uma das crenças mais profundas que carrego – e que venho tentando desconstruir – é a ideia de que há um limite para o que posso alcançar. Percebo que, mesmo sem querer, passei anos aceitando essas barreiras invisíveis, como se fossem parte da minha identidade. Isso me fez hesitar diante de oportunidades, duvidar das minhas próprias ideias e, muitas vezes, me sabotar antes mesmo de tentar algo novo.

O ambiente religioso onde cresci teve um papel importante nisso. Ao mesmo tempo em que me deu base e valores, também trouxe uma mentalidade que, em certos aspectos, limitou meu crescimento. Sem perceber, fiz um voto de pobreza mental, como se buscar estabilidade financeira fosse algo errado ou contrário ao propósito espiritual. Mas hoje questiono: será que esse pensamento realmente faz sentido?

Outro ponto que carrego comigo é a dificuldade de reconhecer meu próprio valor. Sempre me vi como alguém que impulsiona os outros, que ajuda, que dá suporte. Amigos e pessoas próximas prosperam, evoluem, encontram caminhos. Mas e eu? Por muito tempo, senti que ficava para trás, como se minha missão fosse apenas auxiliar os outros sem jamais me beneficiar disso. Agora, começo a enxergar que essa visão pode ser apenas mais uma crença limitante, e que há formas de transformar essa capacidade em algo que também me faça crescer.

Desconstruir tudo isso não é fácil. Mas o primeiro passo é reconhecer que essas barreiras existem. Elas não são reais – ou melhor, são tão reais quanto eu permitir que sejam. Minha jornada agora é aprender a ressignificar essas crenças, abrir espaço para novas possibilidades e, acima de tudo, me dar a chance de experimentar o que sempre achei que não era para mim.

Porque, no fim das contas, não existem limites além daqueles que aceitamos carregar.

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